segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

The story of us

Hoje, enquanto minha mente tirava um sossego, comecei a pensar na nossa história. Sabe... Lá do comecinho. Desde o início até o final. Ela teve um final, não teve?

Nós nos conhecemos em um encontro casual. Você era amigo de uma amiga e eu, só uma garota deslocada. Você me olhou de esguelha e, depois, com o coração. Eu nunca vou me esquecer daquele olhar. E tô falando sério, garoto!

Os dias se passaram e a gente acrescentou os beijos entre os olhares. Suas mãos saíram de minhas costas para encontrar as minhas. Nossos dedos se entrelaçaram e era como se nada no mundo pudesse separá-los. Claro que não é bem assim e a gente sabe disso.

As tardes também fazem parte da nossa história. Passamos várias delas em frente ao mar, apenas aproveitando o bater das ondas e a companhia um do outro. Eu adorava o brilho dos seus olhos e o seu sorriso. Você adorava minha mania de apreciá-lo. E sempre expandia seu sorriso quando eu o mirava. Me fazia sentir que eu era o motivo dele.

Do nada, olhar seu sorriso passou a não ser motivo para torná-lo mais sincero. Pelo contrário. Você desviava os olhos - e o coração - toda vez que eu tentava gravar seu rosto lá dentro de mim.

Então, aos poucos, percebi que não era só seu modo de sorrir que havia mudado. Seu olhar para mim era outro. Seu jeito de pegar nossas mãos estava diferente. Até me buscar em frente à escola tinha se tornado um tipo de obrigação. Não havia vontade, não havia carinho... Principalmente: não havia amor.

Como esperado, você se foi. Se foi e deixou apenas uma desculpa boba que, só hoje, vejo o quanto é idiota. Aliás, idiota é a palavra perfeita para me descrever na época. Queria ser, naquele tempo, o que sou hoje. Pelo menos, teria impedido minhas lágrimas e meus pedidos para voltar à sua vida. 

É, a gente não era mais "a gente". Nos transformamos em um "eu" e um "você" (e, também, milhares de textos por aí). Eu não tinha mais a parte que me completava todo dia. E me afastei. De tudo. De todos. Especialmente, dos seus (e ex nossos) amigos. Hoje não sinto falta de você, mas sinto deles (já disse que fui idiota, né?).

Voltamos uma ou duas vezes, se é que alguns beijos sem emoção podem significar um "voltar". Meu coração voltou a sentir alguma coisa. Você só sentiu o beijo e a diversão. E nós... Bom, nós nunca conseguimos ser um "nós" de novo. E só agora percebo o quão certo isso foi.

Agora, eu só quero dar um ponto final à nossa história. Você está por aí com um outro alguém e, quem sabe, mais próximo de mim do que posso imaginar. E eu... Eu estou aqui, como sempre, escrevendo memórias. Desta vez, as antigas. E espero que você permaneça nelas sem iniciar um novo parágrafo. Vamos ficar sem vírgulas e sem pontos de interrogação em nossa história, por favor? Quero finalizá-la aqui.

Ponto final.

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